segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Parque

Criei um sorriso em minha mente, dele eu comecei a imaginar uma situação a qual ele pudesse estar assim, tão alegre e radiante. Pensei estar em um parque, um dia brilhante de céu limpo, pessoas com amigos, namorados e familiares.

Tentei associar um rosto a tão gracioso sorriso, fracassei em vão, apesar de ter certeza que eu o conhecia. Tal cativante graciosidade de alguma forma me ajudava a seguir em frente, insistia para eu não desistir e me segurava ao cair.

O sorriso se aproximou de mim com um calor envolvente que dominava meu corpo todo, encostou-se a minha testa, deu-me um leve beijo e como o vento, desapareceu e deu espaço a um frio infernal.

Fiquei ali, parado, sozinho, esperando o tempo passar , me encostei em uma das arvores do parque, deixei o dia seguir o seu curso. Pessoas passavam aos montes, algumas apressadas, desesperadas para chegar a tempo em um lugar, enquanto outras apenas passavam, aproveitando a paisagem em volta, ignorando os problemas mundanos da vida.

Apesar de me sentir sozinho, eu sorri. Apesar de não sentir nada, eu estava feliz. O sorriso foi embora, mas a tranquilidade permaneceu, estava feliz por saber que tinha como se esquecer dos problemas.

Tocou então o despertador. Eu acordei, saí do parque indo diretamente ao meu quarto. Levantei de minha cama e voltei a essa vida fútil e efêmera. Aparentemente, é apenas nos sonhos que nós podemos nos desligar de tudo e todos ao nosso redor.

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