domingo, 6 de junho de 2010

Choro

Hoje eu choro, choro porque algúem morre, choro porque alguém nasce. Hoje eu choro porque o humano brinca de matar seu semelhante enquanto tenta sobreviver à uma realidade efêmera.

Choro porque vivo um conflito interno. Minhas lágrimas para nada servem a não ser para mostrar o quão ridículo eu sou quando choro. Lágrimas que são apenas gotas que refletem um sofrimento recluso e guardado no sincero silêncio de uma tragédia intencionada. Lágrimas servem para reconhecer o fracasso, para mostrar que somos humanos e que, como humanos nós também sofremos.

Lágrimas me mostram por onde passei, me lembram de momentos em que com amigos celebrei. Elas me mostram as pessoas em que posso confiar e podem ser consideradas importantes. Hoje eu chorei porque não aguentava mais sofrer, chorei porque a angústia que eu guardava foi forte demais para eu conter.

Hoje eu choro, choro pelo sofrimento de todos e pelo meu próprio, choro porque o beijo da morte é um dia dado a todos.

Um comentário:

  1. Eu não aprendi a chorar lendo, mas, se tivesse tal capacidade, ela facilmente seria despertada pelos seus textos, Bruno.

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